domingo, 2 de setembro de 2012

OS CINCO SOLAS DA REFORMA PROTESTANTE

INTRODUÇÃO:

Antes da reforma protestante do século XVI, os ensinos, as ações e a postura da igreja Católica Romana, incomodavam os verdadeiros crentes, que procuravam pautar suas vidas nos ensinos das Escrituras Sagradas.

Homens como Jerônimo Savanarola, João Huss e tantos outros foram mortos por defenderem seus ideais de conduta e fé. No cárcere, sentenciado pelo papa para ser queimado vivo, João Huss disse: "Podem matar o ganso (em alemão, sua língua natal, huss é ganso), mas daqui a cem anos, Deus suscitará um cisne que não poderão queimar".


O monge agostiniano Martinho Lutero seguindo o mesmo ideal de lealdade às Escrituras. No dia 31 de outubro de 1517, cento e dois anos após a morte de João Huss, afixa à porta da igreja do castelo de Witenberg, as suas 95 teses, cujo teor resume-se em que Cristo requer o arrependimento e a tristeza pelo pecado e não a penitência.


Com o desenvolvimento dos estudos de Lutero e suas teses surgem os cinco pilares da reforma protestante que são também conhecidos como os cinco solas da reforma, são princípios fundamentais da reforma protestante sintetizando o credo dos teólogos protestantes.


A palavra sola é uma palavra latina que significa "somente", esses pontos surgem com o propósito de se oporem ao pensamento, conduta e ensino da igreja romana da época. Os Cinco Solas são:


1-Soli Deo Gloria (Glória somente a Deus)

A igreja romana ensinava e exigia uma devoção ao clero e aos homens santos que poderiam interferir diante de Deus para perdão de pecados e obtenção de bênçãos para os homens.

Quando se estava na presença do papa e dos cardeais a reverência deveria ser tamanha, beirando as raias de adoração, onde se demonstraria uma total submissão a estes.

Fundamentado nas Escrituras Ef 2. 1-10; Jo 4.24; Sl 90.2; Tg 1.17 e tantos outros textos, os Reformadores concluem que somente a Deus devemos dar glória.

Não podemos dispensar glórias a homens, pois não passam de míseros pecadores e são como trapos imundos e carecem da misericórdia e da gloria de Deus.


2- Sola Fide (Somente a Fé)

O homem só pode ser salvo mediante a fé (a exclusividade da ação pela fé), sua alma só poderá ser liberta das chamas do inferno e das garras de Satanás mediante a fé em nosso Senhor Jesus Cristo.

Não são penitências, sacrifícios ou compra de indulgências, que livrarão o homem da condenação eterna, mas a salvação é através da fé (Ef 2.8).

Após meditar no texto que diz: "O justo viverá da fé", Martinho Lutero percebeu que a justiça de Deus nessa passagem, é a justiça que o homem piedoso recebe de Deus, pela fé como dádiva.


3-Sola Gratia (Somente a Graça)

A única causa eficiente da salvação é a graça de Deus. Ninguém pode ser salvo por mérito próprio, por obras, sacrifícios penitências ou compra de indulgências. A única causa eficaz da salvação é a graça de Deus sobre o pecador, (Ef 2.8). Pela graça somos salvos mediante a fé, e isso não vem do homem é dom de Deus.

Nenhuma obra por mais justa e santa que possa parecer poderá dar ao homem livre acesso a salvação e ao reino dos céus, ocorrerá isso somente pela graça de Deus.

"Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se gloria". Ef 2.8 e 9


4- Sola Christus (Somente Cristo)

Esse "somente" mostra a suficiência e exclusividade de Cristo no processo de salvação. Desde a eternidade Deus promove a aliança da redenção, onde o beneficiário seria o homem e o executor dessa aliança seria seu Filho unigênito "Jesus Cristo, o Messias prometido", portanto somente Cristo é o instrumento de nossa salvação.

O homem nada poderá fazer para sua salvação, pois Jesus Cristo realizou a obra da redenção ao ser sacrificado na cruz do calvário, vertendo o seu sangue como sacrifício por nossos pecados.

 "E não há salvação em nenhum outro: porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dentre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos" At 4.12.


5- Sola Scriptura (Somente as Escrituras)

Somente as Escrituras são regra de fé e prática para o crente. As tradições as bulas e os escritos papais mão têm, não podem ser ou mesmo servirem de instrumento de fé e prática para o rebanho de Cristo, somente as Escrituras Sagradas. Elas foram escritas por homens inspirados por Deus, são instrumentos de revelação da vontade de Deus para nossa vida. Ao lê-la somos iluminados pelo Espírito Santo para entendê-la.

Martinho Lutero escreve: "Então, achei-me recém-nascido e no paraíso, toda as Escrituras tinham para mim outro aspecto, perscrutava-as para ver tudo quanto ensinam sobre a justiça de Deus"

Podemos ler em 2Tm 3. 16-17: "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra".

CONCLUSÃO:

Concluímos através desse breve estudo que os Cinco Solas, serviram de base para a teologia dos reformadores, foram e são de grande importância para a estruturação de uma teologia fundamentada exclusivamente na palavra de Deus, servindo como instrumento de orientação às igrejas, no retorno para os verdadeiros ensinamentos das Escrituras, livrando o homem do senhorio do clero e voltando para o senhorio de Cristo. (SOLI DEO GLORIA)  Pb. Gilson dos Santos.

FONTE:  Boyer, Orlando. Os Heróis da Fé, CPAD, Rio de Janeiro, 2002.

sábado, 21 de julho de 2012

O DESTINO DA ALMA IMEDIATAMENTE APÓS A MORTE

Qual o destino da alma, imediatamente após a morte? Esta é uma pergunta muito frequente tanto entre crentes e não crentes e faz parte de uma série de perguntas pertinentes à curiosidade do homem, o homem sempre esteve interessado em saber, qual a sua origem, qual o propósito de seu nascimento e qual será o destino de sua alma após a morte. Consultando a Escritura Sagrada, vamos procurar responder a essa tão importante pergunta:

 Qual o destino da alma imediatamente após a morte?

Alguns homens não acreditam que haja vida após a morte e que corpo, alma, tudo se desfaz após a morte, esse é um pensamento ateu e materialista, porém aqueles que consideram a Bíblia como sendo a revelação de Deus e a toma como regra de fé e prática, acreditam que há vida após a morte, a nossa alma tem um destino imediatamente após o último suspiro.

A Confissão de Fé de Westminster em seu capítulo XXXII trata exatamente dessa questão, relatando que:

Os corpos dos homens, após a morte, voltam ao pó e experimentam corrupção, suas almas, porém (que nem morrem, nem dormem), possuindo existência imortal, imediatamente voltam a Deus que as deu.

As almas dos justos, sendo então aperfeiçoadas em santidade, são recebidas no mais alto céu, onde vêem a face de Deus em luz e glória, aguardando a plena redenção de seus corpos, e as almas dos réprobos são lançadas no inferno, onde permanecem em tormentos e completa escuridão, reservadas para o juízo do grande dia.

Além desses dois lugares reservados para as almas separadas de seus corpos, a Escritura desconhece qualquer outro. Vejamos alguns textos bíblicos que comprovam o que foi dito:

·         O diálogo de Jesus com o ladrão na cruz- Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo hoje estarás comigo no paraíso. (Lc 23.43)

·         O rico e o mendigo – No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio. (Lc 16.23)

·         Paulo escrevendo aos filipenses – Ora, de um de outro lado estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor. (Fp 1.23)

·         Paulo escrevendo aos tessalonicenses – Pois se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará juntamente em sua companhia os que dormem. (1 Ts 4.14)

·         Paulo falando aos romanos - Não somente ela, mais também nós que temos as premissas do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos,  a redenção de nosso corpo. (Rm 8.23)

·         E o pó volte a terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu. (Ec 12.7)

Portanto, a morte consiste na separação temporária do corpo e da alma, enquanto o corpo se decompõe em seus elementos químicos de que se constitui, a alma do crente é imediatamente aperfeiçoada em santidade e imediatamente entram na glória, ao longo de todo o estado intermediário da morte à ressureição, ela continua consciente, ativa e feliz e está na presença de Cristo, o qual, após sua ascensão assentou-se a direita de Deus.

A alma dos réprobos também continuam, durante este estado intermediário, consciente e ativa, mas num estado de tormenta penal (no inferno), reservada para o juízo do grande dia. Essas condições, ainda que não finais, são irreversíveis isto é, das que estão com Cristo, nenhuma jamais se perderá, e das que estão em tormento, nenhuma jamais se salvará. SOLA SCRIPTURA. Pb. Gilson dos Santos.

FONTES: Confissão de Fé de Westmister. O Breve Catecismo de Westminster.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

A IGREJA DO NOSSO SENHOR JESUS CRISTO

Como filhos de Deus, um dos grandes privilégios que desfrutamos é o de pertencermos a sua família, uma família de muitos irmãos, esta família é a igreja de Deus. Amados, nesta breve matéria, vamos falar sobre a igreja cristã,  seu criador, sua base e sua permanência.

A palavra igreja tem sua origem na palavra grega "ekklésia" que significa: assembleia, reunião, congregação, "igreja". Temos também a palavra "synago" significando reunir-se, dando origem a palavra "synagoge" assembleia, (sinagoga).

Os seguidores de Jesus não descreveram suas reuniões bem como a comunidade que estas representavam com a palavra synagoge (havendo uma única exceção em Tg 2.2) afinal de contas esta palavra teria sido natural para um grupo que brotou de raízes judaicas, e que, pelo menos no início, se considerava parte do judaísmo.

Podemos inferir porque a igreja cristã conscientemente procurava evitar o termo synagoge para descrever a si mesma. O nome sinagoga que originalmente era um termo técnico para a assembleia judaica, veio a ser considerada, no decurso do tempo, como o símbolo da religião judaica, que consistia na lei e na tradição.

A idéia deve ter parecido tão rígida, do ponto de vista cristão, esta palavra (sinagoga), portanto, não podia ser usada para descrever uma comunhão e um evento que tinha no seu centro a proclamação do evangelho da libertação da lei, e da salvação que se pode receber somente mediante a fé em Jesus Cristo.  

Cristão, este nome surge pela primeira vez em Antioquia no ano 43 e foi dado aos discípulos de Cristo pelos seus inimigos em sinal de desprezo. Hoje é nome universalmente conhecido, porém enraizou-se mui lentamente, pois só é encontrado duas vezes no Novo Testamento.

Hoje entendemos que a igreja cristã é a igreja que reúne todos aqueles que espalhados pelo mundo inteiro, juntamente com os seus filhos professam a genuína religião, confessam o nosso Senhor Jesus cristo como seu salvador, vivem os seus ensinamentos e é o reino do Senhor Jesus Cristo, a casa e família de Deus.

A esta igreja, Cristo deu o ministério, os oráculos e as ordenanças de Deus para a incorporação e aperfeiçoamento dos santos nesta vida até o fim do mundo; e por sua própria presença e do Espírito, segundo sua promessa os torna eficiente para esse fim.

Ao lermos o texto de Mateus 16.18, podemos entender, quem foi o criador da igreja cristã, qual é a sua base e qual será a sua permanência.

"Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela".

Quando Jesus diz a Pedro "sobre esta rocha edificarei a minha igreja", Ele está afirmando que o criador da igreja é Ele, um criador que não age apenas como um arquiteto, mas como um bom pastor, que reúne as suas ovelhas, conduzi-as para pastagens verdejantes e águas refrescantes e as fazem repousar seguras no aprisco.

A igreja é retratada pelo apóstolo Paulo em Colossenses como sendo o corpo de Cristo e Cristo zela por esse corpo e que Cristo é a cabeça da igreja, significando que Ele é o princípio o primogênito de entre os mortos para em todas as coisas ter a primazia. Ele é a base da igreja, a verdadeira igreja cristã está fundamentada em Cristo, sua base é cristo, seus ensinos são ensinos de Cristo, seus membros devem ser imitadores de Cristo.

Jesus também diz a Pedro que as portas do inferno não prevalecerão contra ela, percebemos que ao longo da história a igreja apesar de constantemente perseguida, ultrajada e humilhada, ela permanece firme no propósito de proclamar as boas novas do evangelho, permanece anunciando que Jesus veio para nos conciliar com Deus, pagando com o seu sangue a nossa reconciliação, anunciando que salvação só através da fé em Jesus, que é obra exclusiva da graça de Deus e não por nossos méritos.

Que apesar de lobos travestidos de ovelhas adentrarem em suas portas como joio no meio do trigo. Ele permanece fiel em sua palavra, não permitindo que as portas do inferno prevaleçam contra ela mantendo a esperança da volta do Senhor Jesus Cristo, onde a sua noiva reina triunfante com Ele.  SOLA GRATIA. Pb. Gilson dos Santos.

FONTES: Dicionário Internacional de Teologia de Lothar Coenen e Colen Brawn. Confissão de Fé de Westminster. 

segunda-feira, 9 de julho de 2012

O GRANDE PRIVILÉGIO DA ADOÇÃO

INTRODUÇÃO:

Amados, o objetivo deste breve comentário é mostrar ao leitor, o grande privilégio que os eleitos têm de serem chamados filhos de Deus, através da adoção, por intermédio do nosso senhor Jesus Cristo, privilégio esse que aparentemente nem aos anjos foram dados.  

A palavra para designar anjo no Antigo Testamento, significa simplesmente mensageiro. Normalmente, constituía-se um agente de Deus para cumprir algum propósito divino para a humanidade.

Em outras ocasiões, um anjo atuou na direção de uma pessoa para o fiel cumprimento da vontade de Deus. Outras vezes os anjos atuam como executores do juízo de Deus. Eles aparecem como interlocutor no livro de Zacarias. Um dos mais bonitos papéis dos anjos é no louvor. No Novo Testamento, a palavra grega "angelos" significa mensageiro.  

O teólogo e escritor Wayne Grudem em seu livro de Teologia Sistemática na página 617, faz o seguinte comentário:

Embora a adoção seja um privilégio que vem a nós ao mesmo tempo em que nos tornamos verdadeiros cristãos (Jo 1.12, Gl 3.36, 1 Jo 3.1-2) é contudo um privilégio distinto da justificação e da regeneração. Na regeneração tornamo-nos espiritualmente vivos, capazes de falar com Deus em oração e adoração e capazes de ouvir sua palavra com coração receptível.

Porém é possível que Deus tenha criaturas espiritualmente vivas e que, contudo, não são membros de sua família e não compartilham dos privilégios especiais de membros da família – os anjos, por exemplo, aparentemente se enquadram nessa categoria.

Portanto, teria sido possível para Deus decidir dar-nos regeneração sem o grande privilégio de adoção em sua família. Além disso, Deus poderia ter-nos dado a justificação sem o privilégio da adoção em sua família, porque, poderia ter perdoado dos nossos pecados e nos dado o direito legal de estar diante dele sem tornar-nos seus filhos.

É importante entender isso porque nos ajuda a reconhecer quão grande são os nossos privilégios na adoção. A regeneração tem que ver com nossa vida espiritual interior. A justificação tem que ver com nossa posição diante da lei de Deus.

Mas a adoção tem que ver com nossa comunhão com Deus como nosso Pai, e por causa da adoção são-nos dadas muitas das maiores bênçãos, das quais nos lembramos por toda eternidade.

Quando começamos a perceber a excelência dessas bênçãos e compreendemos que Deus não tem a obrigação de dar-nos nenhuma delas, então somos capazes de exclamar com o apóstolo João. "Vede que grade amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus, e, de fato somos filhos de Deus" (Jo 3.1)

Grudem, então faz o seguinte comentário: Embora tanto os anjos bons quanto os anjos maus sejam chamados "filhos de Deus" em certos lugares da Bíblia (Jó 1.6), esse é aparentemente um estado de filiação que vem do fato de Deus havê-los criado.

Não parece indicar que os anjos em geral (especialmente os anjos maus), compartilhem desse privilégio de serem uma família que recebemos como filhos de Deus, de fato Hb 2. 14-16 faz uma clara distinção entre nossa condição como filhos de Deus e a condição dos anjos.

Além, disso, os anjos não são jamais mencionados como membros da família de Deus e nunca se diz que tem os privilégios de família que pertencem como filhos de Deus.

"Visto, pois que, os filhos tem participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente. Participou, para que, por sua morte. Destruísse aquele que tem o poder da morte, a  saber, o Diabo, e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida. Pois ele, evidentemente, não socorre anjos, mais socorre a descendência de Abraâo". (Hb 2.14-16)

Wayne Grudem deixa a entender, que os anjos não fazem parte da família de Deus, pois foram criados para servir os propósitos divinos. Podemos comparar como um criado que serve uma família, porém não faz parte dessa família. SOLA FIDE. Pb GILSON DOS SANTOS.

FONTES: GRUDEM, Wayne. Teologia sistemática, Vida Nova, São Paulo, 1999. GARDNE R, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada, Vida, São Paulo.

A IGREJA DE HOJE E A IGREJA DO SÉCULO III

INTRODUÇÃO:

No ano de 295 D.C., O imperador Diocleciano assume o poder do império romano e divide o império em quatro partes,  Ilíria,  Itália, Gália e Nicomédia, que são governadas por quatro co-imperadores, respectivamente. O pai de Constantino, Constâncio é o imperador da Gália, Constantino logo se destaca como exímio soldado e grande estrategista, sendo educado no palácio imperial sob o olhar de Diocleciano.

No ano 306 D.C., Constantino vai ao encontro de seu pai na Gália, passando a combater junto a ele. Em uma revolta contra os bárbaros da Bretanha, seu pai já debilitado morre e ele é aclamado imperador da Gália pelas tropas, ato este que é aceito pacificamente.

Influenciado por sua mãe Fausta, a ambição de Constantino aumenta e ele parte para se tornar único imperador de todo o império. Em uma batalha contra o co-imperador de Roma Maxicêncio, conta-nos o historiador Euzébio de Cezaréia, que Constantino tem uma visão de uma figura no céu com as letras X e P, iniciais de Cristo em grego e uma frase: "Com esse símbolo vencerás".  Então manda pintar nos escudos dos soldados as letras X e P, vence a batalha e se declara cristão desde então.

Na realidade, ele vê essa atitude como uma oportunidade para ganhar a simpatia dos cristãos que crescia assustadoramente no império, apesar das grandes perseguições, tanto é que ele continua adorando o deus sol (invictos) e só na semana de sua morte ele é batizado.

Constantino implanta o cristianismo como religião do império sem contudo proibir a prática  de religiões pagãs. A igreja cristã deixa de ser perseguida, no entanto surgi uma forte hierarquia eclesiástica no seio da igreja, tornando-a fonte de poder, Jesus Cristo deixa de ser o cabeça da igreja, sendo a liderança da igreja atribuída a homens, dando assim abertura ao poder papal.

Do ponto de vista protestante, o papado não é uma instituição de origem divina, mas resulta de um longo e complexo processo histórico. As Escrituras não apontam esse ofício como uma ordenança de Cristo à sua igreja. Um fato indiscutível é que não houve episcopado monárquico no primeiro século, no âmbito do cristianismo as igrejas eram governadas por colegiados de bispos ou presbíteros. (At 20.17 ; Tt 1.5).

A igreja é invadida por práticas de heresias, como a introdução de imagens de santos, indulgências, rezas dedicadas a santos para interceder perante Deus, etc. A igreja se desvia de seus fundamentos e propósitos que era a divulgação do evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo para a salvação.

Podemos perceber o quanto isso trouxe grandes prejuízos para a igreja, no tocante ao seu verdadeiro propósito e essa influência se reflete até os nossos dias. Onde podemos comparar a igreja dos dias atuais com a igreja dos dias de Constantino.

A igreja Católica Apostólica Romana mantém praticamente o modelo implantado na época de Constantino, o papado se manteve dando poder total ao papa sobre a igreja, sua infalibilidade é mantida.

Nas igrejas ocorre a busca pelo poder; as novas indulgências são disfarçadas em vendas de rosas milagrosas, bastões do poder, fogueiras de Israel, água do rio Jordão e tantas outras. Hodiernamente, alguém que discorda da igreja, se afasta e funda uma nova igreja, homens se auto ordenam como pastores, esposas de pastores, que na maioria das vezes se auto ordenaram, são ordenadas pastoras. O evangelho passa a ser antropocêntrico deixando de lado a cruz de Cristo, distanciando de um culto Cristocêntrico.

CONCLUSÃO:

Apesar de tudo isso, assim como nos dias de Constantino onde a verdadeira igreja do nosso Senhor Jesus Cristo permaneceu fiel nas catacumbas de Roma, temos muitas igrejas, verdadeiras igrejas do nosso Senhor que estão firmes e fiéis, pregando a pura mensagem de salvação, através da obra redentora de Jesus na cruz do calvário para todos que nele crer. SOLI DEO GLORIA. Pb. Gilson dos Santos.

FONTES: O Livro dos Mártires de John Fox, A Caminhada Cristã na História de Alderi Souza de Matos.

sábado, 23 de junho de 2012

AS PRIMEIRAS PERSEGUIÇÕES DE ROMA AOS CRISTÃOS

"Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela".  (Mt 16.18).

INTRODUÇÃO:

Durante os três primeiros séculos da era cristã, os cristãos foram duramente perseguidos e torturados até a morte. Eles eram encarcerados, jogados aos leões e feras, mortos por gladiadores, crucificados, feitos tochas humanas, atirados aos cães, jogados de despenhadeiros, colocados em fogueiras e queimados vivos, toda sorte de atrocidades e crueldades eram praticadas contra os que se declarassem seguidores de Cristo;

A primeira grande perseguição contra os cristãos, aconteceu no ano 67 D. C. pelo imperador Nero, após promover inúmeras atrocidades e incendiar Roma, percebendo que sua conduta era censurada pelo povo, colocou culpa nos cristãos, Iniciando assim grande perseguição aos mesmos.

Vestiam-nos com peles de animais e atiravam aos cães para serem devorados, embebiam com óleo e pendurava em postes ateando fogo para servirem de tochas humanas. O Coliseu de Roma era palco das mais perversas crueldades contra os cristãos. Essa carnificina servia de diversão para o imperador e pagãos.

Neste período, foram martirizados os apóstolos Pedro e Paulo, bem como Erastos tesoureiro de Corinto; Aristarco, o macedônio; Trófimo de Éfeso; José, também chamado Bersabás; Ananias, o bispo de Danasco, e cada um dos setenta.

A segunda grande perseguição ocorre no reinado de Domiciano, no ano 81 D.C.

Matou seu irmão, alguns senadores e outros tantos para confiscar os seus bens, iniciando em seguida perseguição aos cristãos. Determinou a execução de todos os pertencentes a linhagem de Davi. Editou a lei que dizia que nenhum tribunal, fique isento de castigo, sem que renuncie sua religião.

Dentre os numerosos martirizados destacamos: Simeão, bispo de Jerusalém; Dionísio o areopagita; Nicodemos; Timóteo, o celebre discípulo de Paulo.

No reinado de Tirano, ocorre a terceira perseguição aos cristãos, onde milhares foram mortos, jogados às feras ou crucificados. Dentre os martirizados temos: O bem-aventurado Inácio, que na ora de sua morte disse: "sou o trigo de Cristo, vou ser moído com os dentes de feras, para que possa ser achado pão puro".

Adriano, o sucessor de Tirano, continuou as perseguições, muitos foram crucificados no monte Ararate, coroados de espinhos e transpassados por lanças.

Foram martirizados Alexandre, o bispo de Roma e seus dois diáconos Quirino e Hernes com suas famílias e cerca de dez mil cristãos.

A quarta perseguição ocorre no reinado de Marco Aurélio em 162 D.C. Foi duro e feroz contra os cristãos, alguns dos mártires eram obrigados a passar com os pés já feridos em espinhos e conchas afiadas, outros eram açoitados até que seus tendões e veias ficassem expostos, depois de terem sofrido os mais atrozes tormentos, eram mortos das maneiras mais terríveis.

Foram martirizados: Policarpo, o bispo de Esmirna que dissera no momento de seu martírio, "durante oitenta anos tenho servido a Cristo e nunca me fez mal algum, como blasfemaria eu contra o meu Rei, que me tem salvado?"

A quinta perseguição ocorre sob o reinado de Severo.  Embora tenha sido curado de uma enfermidade terrível sendo tratado por um cristão, Severo cedeu as pressões dos pagãos e promoveu grande perseguição aos cristãos que eram tidos como culpados por qualquer desgraça acidentais que sobrevinham, essa perseguição ocorre em 192 D.C.

Foram martirizados: Victor, bispo de Roma; Leônidas, pai de Origenes. Plutarco e Sereno, Heron e Heraclides foram decapitados; Irineu, bispo de Leon, na França foram grandes as perseguições impostas pelos romanos.

Em 255 D.C. começou sob o comando de Maximino uma nova perseguição. O governador de Capadócia Seremiano fez todo possível para exterminar os cristãos daquela região.

As principais pessoas a morrer nesse reinado foram: Pontiano, bispo de Roma e seu sucessor Anteros; Pamaquio e Quirito, senadores com suas famílias; Simplício; Calepódio que foi lançado no rio rio Tibre.

A sétima perseguição ocorreu sob o reinado de Décio. Motivado por seu ciúme ao grande crescimento do cristianismo e por inveja de seu antecessor Filipe, considerado cristão.

Os pagãos em geral tencionavam por em prática os decretos imperiais e consideravam o assassinato de cristãos como um mérito para si próprio. Os mártires foram inumeráveis, dentre eles destacamos: Fabiano, bispo de Roma; Orígenes, em Alexandria; Julião, nativo da Cilícia; Pedro, um jovem que foi decapitado por se recusar a sacrificar a Vênus. Na ilha de Creta, o massacre foi tanto que rios de sangue corriam nas ruas.

Gallo, depois de concluir suas guerras, deparou-se com uma praga no império, então mandou prestar sacrifícios a deuses pagãos desencadeando novas perseguições aos cristãos, desde a capital do império até as províncias mais afastadas.

Valeriano promove a oitava perseguição aos cristãos no ano de 257 D.C. que durou três anos e dez meses. Foram inumeráveis os martírios dessa perseguição, suas torturas e mortes eram variadas e penosas.

A nona perseguição ocorreu no reinado de Aureliano, em 274 D.C. Os dois mártires desta perseguição foram: Felix, bispo de Roma e Agapito, um jovem cavalheiro que vendera suas posses e dera aos pobres. Conta-nos a história que um exército de seis mil homens cristãos (Legião Tebana) foram dizimados por se recusarem a sacrificar e fazer os juramentos proposto pelo imperador Maximiano.

A décima perseguição ocorre no reinado de Deocleciano, no ano 303 D.C. A era dos martírios foi ocasionada em parte pelo crescimento do numero de cristãos e do crescimento de suas riquezas que despertou o ódio e a inveja dos imperadores pagãos.

No ano de 313 D.C., Constantino, sendo encurralado em uma emboscada ao alhar para o céu vê uma luz que refletia as letras X e P iniciais do Cristo em grego, e uma inscrição que dizia que sob esse símbolo ele venceria, então a partir daí ele ordena que todo o império passasse a ser cristão.

Constantino foi um imperador sanguinário, mandou matar sua esposa Fausta e seu filho mais velho Crispo. Ele realiza uma grande estratégia para unificar o império que estava fragmentado, buscando aliar-se aos cristãos, apesar disso continuou adorando o deus sol e só foi batizado poucos dias antes de sua morte, com medo de ir para o inferno.

CONCLUSÃO:

O império deixou de perseguir a igreja, Satanás muda de estratégia, aliando-se a ela fazendo com que a igreja acumulasse riquezas, títulos e nobreza. O dirigente da igreja passou a ser o homem, instituindo-se o clero tendo como dirigente máximo o papa, sua infalibilidade é apregoada e o clero passa a ocupar lugar de destaque na sociedade. Cristo fica de lado.

Propicia-se a entrada de heresias pagãs na igreja, diminuindo consideravelmente o ritmo de seu crescimento. Entretanto a verdadeira igreja do nosso Senhor Jesus Cristo, a noiva sem mácula, com vestes branqueadas pelo sangue do Cordeiro, essa permaneceu fiel, nas catacumbas de Roma, pois as portas do inferno jamais prevalecerão contra ela. SOLI DEO GLORIA. Pb. Gilson dos Santos.

FONTE: FOX, John. O Livro do Mártires, CPAJ, Rio e Janeiro, 2012.

sábado, 16 de junho de 2012

O TRIBUNAL DE CRISTO E O GRANDE TRONO BRANCO

INTRODUÇÃO:

As Escrituras afirmam o fato de que haverá um grande julgamento final, de crentes e de incrédulos. Eles ficarão de pé diante do trono de julgamento de Cristo em seu corpo ressurreto e ouvirão a proclamação do seu destino eterno. (Wayne Grudem).

Na verdade, há um sentido no qual as pessoas são julgadas já na presente vida, pala respostas delas a Cristo. Lemos em Jo 3.18:

 "aquele que nele crê não é condenado (ou julgado, aquele que não crê já está condenado (julgado), porque não creu no nome do unigênito filho de Deus"

Veja também Jo 3.36 e 5.24, em outras palavras, um julgamento divino, recai já agora sobre aqueles que recusam crer em Cristo. Mais a Bíblia também ensina que haverá um julgamento final no fim da história. (Anthony A. Horkema).

O juízo final é descrito com grande vivacidade na visão de João em apocalipse. (Ap 20. 11-15). Outras passagens falam de um modo claro sobre um dia vindouro de julgamento (Mt 10.15; 11.22,24; 12. 36; 25.31-46; 1Co 4.5; Hb 6.2; 2Pe 2.4; Jd 6 e tantos outros).

Uma pergunta, entretanto, nos leva à reflexão: Haverá mais de um julgamento? Vejamos algumas opiniões.

De acordo com o pensamento dispensacionalista, há mais de um julgamento que está por vir. Eles não vêm o juízo final em Mateus 25. 31-46 como descrevendo o juízo final (o grande trono branco) mencionado em Ap 20. 11-15, mas sim a um julgamento posterior à tribulação e anterior ao início do milênio.

Dizem que este será um "julgamento das nações" em que elas serão julgadas de acordo com o modo pelo qual tiveram tratado o povo judeu durante a tribulação. As que tiverem tratado bem os judeus e estiverem dispostas a se submeterem a Cristo, entrarão no milênio, e as que não tiverem terão negada a entrada.

Na perspectiva dispensacionalista teremos vários tribunais (julgamentos):

·           O julgamento das nações (Mt 25. 31-46), para determinar quem entra no milênio.

·           O julgamento das obras dos crentes (chamado de julgamento bena por causa da palavra grega traduzida por tribunal), será para entrega de galardões aos crentes (2Co 5.10).

·           O julgamento do grande trono branco, ao final do milênio, para declarar o castigo eterno para os incrédulos (Ap 20.11-15).

Podemos então notar que para os dispensacionalistas, há uma grande diferença entre o tribunal de Cristo e o grande trono branco.

1-O TRIBUNAL DE CRISTO.

O tribunal de Cristo será o tribunal onde a igreja irá comparecer para que cada crente receba os galardões conforme o que tiver feito por meio do corpo ou bem ou mal. Cristo julgará a sua igreja.

O tribunal de Cristo não será o juízo final (o grande trono branco), não será para julgar pecados, pois será para os salvos (Jo 1.7), não será para condenar (Rm 8.1), a igreja será julgada (2Co 5.10), em seu sofrimento (Mt 5.11-112), em seu trabalho (2Co 15.48).

Não podemos confundir salvação com galardão. Salvação nos é dada através de Jesus Cristo, no calvário, para todo aquele que nele crê. O galardão será uma recompensa pelo trabalho executado aqui pelo reino de Deus (2Co 5.10).

2-O GRANDE TRONO BRANCO

As Escrituras se referem a este terrível e grande dia, o dia do juízo final (o grande trono branco). O trono branco é a representação do grande e infinito poder de Deus é a representação da justiça implacável de Deus, revelada à humanidade.

Este julgamento foi determinado pelo Senhor (At 17.10), onde Jesus Cristo será o grande juiz (At 17.31), será individual (Ap 20.12), será para os ímpios e pecadores (Ap 21.18), serão julgados segundo as suas obras (Ap 20.13).

CRÍTICA AO PENSAMENTO DISPENSACIONALISAS

Segundo Wayne Grudem Mateus 25.31-46, 2Co 5.10 e Apocalipse 20.11-15, todas essas três passagens falam dum mesmo juízo final e não de três julgamentos separados.

Com relação a Mt 25.31-46-ele comenta:

1.  É improvável que a visão dispensacionalista esteja correta. Não há nenhuma menção de entrada do milênio nessa passagem, além disso os julgamentos pronunciados tratam não da entrada no reino milenar sobre a terra, ou da exclusão deste, mas sim do destino terreno das pessoas, é só ler atentamente os versículos 34, 41 e 46 e isto estará bem claro.

2.  Por fim, Deus seria incoerente com os seus costumes revelados através das Escrituras se ele lidasse com o destino eterno das pessoas tomando por base a nação ao qual elas pertencem, pois nações incrédulas têm crentes no meio delas e para com Deus não há acepção de pessoas (Rm 2.11).

3.  Embora de fato todas as nações estejam reunidas perante o trono de Cristo nesta cena (Mt 25.32) o quadro do juízo é de julgamento de indivíduos (as ovelhas são  separadas dos cabritos) ovelhas e cabritos representam indivíduos e não nações, os indivíduos que tratam com bondade os irmãos de Cristo são acolhidos com alegria no reino, enquanto aqueles que os rejeitam serão rejeitados v 35-40 e v 42-45.

SEGUNDO O TEÓLOGO LOUIS BERKHOF

Segundo Berkhof, não haverá três ou mais julgamentos. Ele faz o seguinte comentário, no seu livro de Teologia Sistemática, na página 673:

1.     Devemos notar que a Bíblia sempre fala do juízo futuro como um só evento. Ela nos ensina a guardar não dias, mais o dia do juízo (Jo 5.28,29; At 17.31;  2Pd 3.7, também chamado "aquele dia" (Mt 7.22; 2Tm 4.8) e "o dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus" (Rm 2.5).

2.     Além disso, há passagens nas Escrituras que evidenciam abundantemente que os justos e os ímpios comparecerão juntos no juízo para uma separação final (Mt 7.23; 25.31-46; Rm 2.5-7;  Ap 11. 18; Ap 20.11-15).

3.     Ademais, deve-se notar que o julgamento dos ímpios é descrito como um concomitante da parusia e também da revelação (2Ts 1.7-10; 2Pe 3. 4-7. E finalmente, deve-se ter em mente que Deus não julga nações como nações quando estão em pauta questões eternas, mas somente indivíduos e que uma separação final dos justos e dos ímpios, não tem a menor possibilidade de ser feita antes do fim do mundo.

SEGUNDO O TEÓLOGO E ESCRITOR ANTHONY A. HOEKEMA

Segundo Hoekema, em seu livro A Bíblia e o Futuro na página 341, ele faz o seguinte comentário: O ensino bíblico acerca da ressureição geral implica que haverá apenas um juízo final, não vários julgamentos diferentes, pois é dito que o juízo final se seguirá á ressureição.

CONCLUSÃO:    

Pelo presente estudo, podemos concluir que há divergências entre os teólogos que buscaram tratar deste assunto, uns acreditam que só haverá um julgamento, um único tribunal este é um pensamento dos teólogos da linha reformada, outros teólogos acreditam que haverá vários julgamentos, em épocas diferentes, essa linha é defendida por grande parte dos teólogos dispensacionalistas.

Com quem está a razão? Creio que a melhor maneira de respondermos a esta pergunta é nos aprofundarmos mais no estudo das Escrituras e buscarmos, além do racional (através da erudição), a ajuda indispensável e eficaz do Espírito Santo. E com certeza, na glória teremos a resposta verdadeiramente correta.  SOLA SCRIPTURA Pb. GILSON DOS SANTOS

FONTES: GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática, Vida Nova, São Paulo, 1999, BERKHOF, LOUIS. Teologia Sistemática, Cultura Cristã, São Paulo, 2001, HOEKEMA, Anthony A. A Bíblia e o Futuro, Casa Editora Presbiteriana, 1989, CLARK, David S. Compêndio de Teologia Sistemática, Cultura Cristã, São Paulo, 1988, STRONG, Augustus H. Teologia Sistemática, Editora Hagnos, São Paulo, 2007.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

A ORAÇÃO DOMINICAL

TEXTO: Mt 6.9-14

"Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás no céu, santificado seja o teu nome; venha o  teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado os nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém. Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará".

INTRODUÇÃO:

Neste texto Jesus ensina aos seus discípulos o verdadeiro significado da oração e as atitudes do crente no momento da oração. Jesus, não contrária os ensinos da Torá, mas enfatiza a necessidade da oração ser sincera. Provavelmente os apóstolos esperavam que Jesus confirmasse a oração do Shema, " ShemaYisroel Adonai Elohenu Adonai Echad..." (Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor...). Ele então supera essa expectativa e passa a ensinar a oração do Pai Nosso.

LIÇÕES DA ORAÇÃO DO PAI NOSSO:

I-                 O significado de Pai nosso. Redenção, autoridade, adoração e que toda oração deve ser direcionada para o Pai, que Deus é Deus amoroso que nos trata como filhos, com amor e disciplina, nos dando liberdade de chamá-lo de Pai, pois em Cristo somos feitos seus filhos. É Deus quem inclina seus ouvidos para ouvir as orações dos que lhe pertence.v9

II-                   Governo e submissão são ensinados no versículo 10. Para o judeu desejar a vinda do reino de Deus era a mais pura e alta expressão de amor e submissão a Deus;

Nos ensina, que Deus é soberano sobre tudo e sobre todos, que sua vontade sempre prevalecerá, e ela é boa agradável e perfeita, ainda que para nós às vezes não pareça.

III-                  Jesus nos ensina provisão sustento por parte do Pai, no versículo 11 isto fica bem claro. O nosso Deus conhece todas as coisas, conhece as nossas necessidades, e nos dá o sustento, material e espiritual, não devemos andar ansiosos com que havemos de vestir ou comer, pois o nosso Pai nos sustenta. Assim como veste os lírios do campo e dá de comer às aves do céu.

IV-               Jesus nos ensina sobre o perdão e a necessidade de perdoarmos a quem nos ofende, no versículo 12. O perdão refrigera a alma, dignifica o homem nos humaniza, conduze-nos para a santificação, nos credencia ao ensino e nos outorga autoridade.

V-           Jesus nos ensina que Deus nos protege e nos liberta. Ele nos livra do laço do passarinheiro, das armadilhas do inimigo, das tentações do mundo, da inclinação da carne, e nos liberta das mãos de Satanás.

CONCLUSÃO:

Com este texto aprendemos,que nossas orações devem ser dirigidas ao Pai, que devemos santificar o seu nome, a estarmos sempre confiantes em Deus, Ele reina sobre todo o universo, Ele governa e dirige, Ele nos sustenta, nos guarda e nos liberta  e que devemos perdoar o nosso próximo como o Pai nos perdoa. Portanto toda honrra, toda glória, sejam tributadas ao Senhor. SOLI DEO GLORIA. Pb. Gilson dos Santos

JESUS CRISTO O MESSIAS

INTRODUÇÃO:

Certamente você já ouviu falar de Jesus cristo. Não há quem se compare a ele na história da humanidade. Porém só ouvir falar é muito pouco, é preciso conhecê-lo, vamos nessa matéria procurar conhecer um pouco de Jesus e de suas naturezas.

1-     O NOME JESUS:

O nome Jesus é a forma grega do hebraico "Jehoshua, Jeshua" (forma normalmente usada nos livros  históricos  pós exílio) e a forma grega do hebraico "Josué Yahweh" (o Senhor salva) .

O nome do nosso Senhor foi denominado Jesus, de acordo com as indicações do anjo  a José (Mt 1.21) e a Maria (Lc 1.31). Quando aplicado a qualquer criança esse nome representa meramente a fé que os seus pais tinham em Deus como salvador de seu povo, ou a sua fé na futura salvação de Israel. Em relação ao filho de Maria designava a missão especial que ele vinha cumprir.

"E lhe chamarás por nome Jesus, porque Ele salvará o seu povo dos pecados dele", (Mt 1.21).

2-     O NOME CRISTO:

Se Jesus é o nome pessoal, Cristo é o nome oficial do Messias. É o equivalente a "mashiach" do Antigo Testamento (de maschach, ungir) e, assim significa o ungido. Normalmente os reis e sacerdotes eram ungidos durante a antiga dispensação (Ex 29.7, Lv 4.3, Jz 9.8, 1Sm 9. 16).

Somente um exemplo de unção de profeta está registrada em 1Rs 19.16. O antigo Testamento se refere à unção do Senhor em Sl 2.2 e 45.7. O novo Testamento em At 4.27 e10.38. Cristo foi instalado em seus ofícios ou designados para estes desde a eternidade, mas historicamente a sua unção se efetuou quando Ele foi concebido pelo Espírito Santo em Lc 1.35 e quando recebeu o Espírito Santo por ocasião do seu batismo Mt 3.16, Mc 1. 10, L 3.22, Jo 1.3.

A palavra Cristo quando empregada pelos escritores do Novo Testamento, tem o artigo determinativo e quer dizer o Messias do Antigo Testamento Mt 16.16, Mc  8.29, Lc3.15.

3-     MESSIAS X JESUS:

Quando Deus prometeu a Davi que o trono e o cetro permaneceriam na sua família para sempre (2 Sm 7.13), a palavra ungido  adquiriu uma referência especial  aos representantes da linha real de Davi (Sl 2,2) .

Quando as profecias começaram a anunciar a vinda de um rei procedente da linhagem de Davi, que seria o libertador do seu povo (Jz 23.5,6), cuja geração é desde o princípio, desde a eternidade (Mq 5.2-5), que se assentará sobre o trono de Davi  para sempre (Is 9.6,7), a esse pertence - por excelência - o título de Messias (Dn 9. 25,26).

Jesus Cristo é o Messias que havia de vir. Como comprovamos palas evidências Bíblicas.

·           Semente da mulher (mas não do homem), essa profecia se cumpriu (Gn 3.15, Mt 1.18,-25), no seu nascimento virginal.

·           Semente de Abraão (Gn 22.18), da tribo de Judá (Gn 49.10), profeta semelhante a Moisés (Dn 18.15).

·           Filho de Davi (Is 11.1).

·           O tempo de seu aparecimento. Enquanto estivesse de pé o segundo templo (Ag 2.9, Mt 4.1).

·           Lugar de nascimento, (Belém) . (Mq 5.2).

·           Precedido de um precursor ( Is 40.3).

·           Declarado Divino (Is9.6, Is7.14), Pai da eternidade, Emanuel".

·           Natureza de seu ministério (Is 61.1-3, Lc4. 18-21).

·           Sua crucificação (Sl 22).

·           Seu sacrifício vicário (Is 53).

Todos esses aspectos da profecia se cumpriram em Jesus Cristo e não se pode aplicar a nenhum outro.

4-     O NOME EMANUEL (DEUS ESTÁ CONOSCO):

Mencionado quatro vezes na Bíblia (Is 7.14, 8.8 e 10, Mt  1.23), o nome significa Deus está conosco e indica que a pessoa demonstrava a presença especial de Deus com seu povo.

Para nós cristãos, o termo Emanuel se refere ao próprio Jesus Cristo. Mt 1.23 declara que o nascimento virginal de Jesus, cumpriu a profecia de Is 7.14 . "A virgem conceberá e dará a luz a um filho e será o seu nome Emanuel". Mt 1.23 explica que Jesus era a explicação definitiva da presença de Deus no meio de seu povo.

A presença de Deus conosco é um conceito fundamental em todo o Antigo Testamento. O Senhor é mencionado como o que habita no meio de seu povo pelo menos 89 vezes.

A presença de Deus no meio de seu povo também é um conceito vital no Novo Testamento. Jesus cumpriu Ísaias 7.14 porque Ele era a plena demonstração da presença do Senhor no meio do seu povo, em seu ministério terreno, Cristo tornou-se o Deus encarnado que viveu entre nós (Jo 1.14).

Jamais o Senhor se identifica tão intimamente com o povo de sua aliança. Depois de sua ascensão, Jesus enviou o Espírito Santo para estar com o seu povo. (Jo. 14.16). Por meio da terceira pessoa da Trindade, Cristo está no meio da igreja, para protegê-la e abençoá-la. (Mt 28.20). E após o julgamento final, Jesus estará para sempre no meio do seu povo num novo céu e numa nova terra. (Ap 21.3).

5-     A HUMANIDADE DE JESUS

Desde os primeiros tempos (concílio de Calcedônia), a igreja confessa a doutrina das duas naturezas de Cristo. Ou, seja, cem por cento Deus e cem por cento homem.

A natureza humana de Cristo é confirmada por diversos aspectos:

·           Cristo tinha um corpo humano, podia ser visto, sentido, apalpado (1 Jo1.1).

·           Ele nasceu, cresceu e alcançou a maturidade, apareceu em forma de homem, comeu, bebeu, dormiu.

·           Ele foi chamado, Jesus Cristo, homem (1Tm2.5) e também o Filho do Homem, Semente da Mulher, Filho de Davi.

·           Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo,...( Lc 24.39)

·           Acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi, segundo a carne (Rm 1.3).

·           E crescia Jesus em sabedoria, em estatura, e em graça para com Deus e os homens, (Lc 2.52). Ele amou, chorou, simpatizou, teve todos os sentimentos próprios de um homem.

·           Se Jesus Cristo não tivesse uma alma humana extremamente como tinha um corpo humano não poderia ser verdadeiramente um homem.

6-     A DIVINDADE DE JESUS.

Ele era Deus a segunda pessoa da trindade.

6.1 O PRÓPRIO JESUS CONFIRMA:

a) "Eu saí e vim de Deus" Jo 8.38

b) "Eu e o Pai somos um". Jo 10.30

c) "O Pai está em mim e eu nele". Jo 10.38

d) Ele aceita e confirma a confissão de Pedro, em Mateus 26.17

6.2 OS APÓSTOLOS ENSINAM:

a) "Chamá-lo-ão pelo nome de Emanuel, (Deus conosco) Mt 1.23

b) "O Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus" Lc 1.35

c) "E o verbo se fez carne e habitou entre nós... O unigênito do Pai" Jo 1.14

d) "Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade" Cl 1.16

As duas naturezas de Cristo são a alma humana com suas faculdades e a substância divina com seus atributos. Essas duas naturezas se acham juntas na pessoa de Cristo. SOLA CRISTOS. Pb. Gilson dos Santos

FONTES: TEOLOGIA SISTEMÁTICA DE LOUIS BERKHOF, TEOLOGIA SISTEMÁTICA DE DAVID S. CLARK, TEOLOGIA SISTEMÁTICA DE AUGUSTUS HOPKINS STRONG, QUEM É QUEM NA BÍBLIA SAGRADA DE PAUL GARDNER, DICIONÁRIO DA BÍBLIA DE JOHN D. DAVIS.

terça-feira, 12 de junho de 2012

UNÇÃO COM ÓLEO

Ao amado.

Escrevo este breve estudo com o propósito de analisarmos a prática da unção com óleo com o fim de realização de curas, outro sim, esclareço que tal assunto traz divergências entre grandes teólogos, que com certeza são verdadeiros homens de Deus.

Entretanto, não podemos nos apoiar neste argumento e deixarmos de examinar as Escrituras com profundidade e responsabilidade, buscando entender o que os escritores sagrados pretendiam ensinar à igreja com respeito ao uso do óleo. 

Creio que Deus pode agir transmitindo curas ao homem, pois Ele criou e governa todas as coisas. "E tudo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis" (Mt 21.22). (A ênfase aqui é na oração e na fé). "E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho." (Jo 14.13) (A ênfase aqui é no Filho, para a glória do Pai).

Creio que a Bíblia Sagrada é a revelação de Deus para os regenerados (revelação especial) e que a natureza revela a obra das mãos de Deus (revelação geral), que a Bíblia é a nossa única regra de fé e prática, e suficiente para os propósitos da revelação. "Lâmpada para os meus pés é a tua Palavra e, luz para os meus caminhos" (Sl 119.105).

Faremos algumas considerações que nos levarão a reflexões importantes em relação à unção com óleo para fins de curas, quer no âmbito físico ou mental (depressão, ansiedades, pânicos, etc).

Iremos fazer um estudo, mostrando o significado de algumas palavras, portanto recomendo ao amado que fique de posse de sua Bíblia.

Tomaremos como base o texto que se encontra em Tiago 5.14, auxiliado por outros textos, como, Marcos 6.13 e Lucas 10.34 onde encontramos a parábola  do bom samaritano aplicando óleo nos ferimentos de homem que caíra nas mãos de salteadores (princípio exegético dos textos paralelos).

"Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor". (Tg 5.14)

"Expeliam muitos demônios e curavam numerosos enfermos, ungindo-os com óleo".(Mc 6.13)

"E chegando-se, pensou-lhe os ferimentos, aplicando-lhe óleo e vinho" (Lc10.34).

O óleo de oliva era tido como remédio. De fato, nos tempos bíblicos o uso de óleo como medicamento era universal. Observe como exemplo Mc 6.13 e Lc 10. 34. Isaías lamentava a condição do povo de Deus que ele descreveu como uma pessoa machucada cujas feridas não foram amolecidas (tratadas com óleo). Is 1.6.

"Desde a planta dos pés até a cabeça não há nele coisa sã, senão fendas, contusões e chagas inflamadas, umas e outras não espremidas, nem amolecidas com óleo". Is 1.6

Observando atentamente os textos, percebemos que Tiago (Tg 5.14) não tinha em mente mágica nenhuma, quando mencionou o uso de óleo. Como questão de fato, Tiago não escreveu sobre nenhum tipo de unção cerimonial.

A palavra grega "ungir" (aleipho) empregada por Tiago, não indica unção cerimonial (explicarei mais adiante), pois a palavra comumente usada para unção cerimonial era chirio (cognata de christós) "ungido" - Cristo o ungido. Em contraste com a palavra "chrio" (ungir) o vocábulo utilizado por Tiago (aleipho) geralmente, significava friccionar ou simplesmente "aplicar" loções e perfumes que em geral tinham uma base de óleo.

O termo se relaciona com lipos (gordura) e era empregada até significando argamassa para paredes. O vocábulo cognato exaleipho, intensifica o conceito de esfregar ou aplicar óleo, e dá a ideia de untar, raspar.

O termo "aleipho" ocorria muitas vezes nos tratados de medicina. Assim é que vem a tonaque o que Tiago pretendia com o uso do óleo, era o emprego dos melhores recursos médicos daquele tempo.

Tiago simplesmente disse que se aplicasse óleo (frequentemente usado como base de misturas de várias ervas medicinais) no corpo e que se fizesse oração. O que Tiago defendia era o emprego da medicina aceita e consagrada.

Nessa passagem (Tg 5.14) ele apregoou que as doenças fossem tratadas com recursos médicos acompanhados de oração. Ambos os elementos devem ser usados juntos; nenhum deles deve excluir o outro. Aí está a razão por que Tiago disse que a oração da fé cura o doente. (Tg 1.15)

Muitos afirmam que o óleo é apenas um símbolo, que não exerce nenhum poder direto no processo da cura, outros fazem consagração do elemento óleo com o propósito de torná-lo diferenciado (sagrado).

E eu pergunto: Não estamos vivendo na era da graça? Então porque carecemos de simbolismo, como se ainda andamos debaixo da lei? Se o Espírito Santo intercede por nós com gemidos inexprimíveis (Rm 8.26). Os símbolos sacramentais que temos na era da graça são, água, no batismo e os da Santa Ceia.

Ainda tomando como exemplo o nome Cristo, se Jesus é o nome pessoal, Cristo é o nome oficial do Messias. É o equivalente a mashiach do Antigo Testamento (de maschach, ungir) e assim significa "o ungido".

Normalmente, os reis e sacerdotes eram ungidos durante a antiga dispensação, Ex 29.7, Lv 4.4, Jz 9.8, Sm 9.16. O rei era chamado o ungido de Jeová,  1Sm 24.10. Somente um caso de unção de profeta está registrado, 1Rs 18.16, mas provavelmente há referências a isto em Sl 105.15 e Is 61.1.

O óleo usado na unção desses oficiais simbolizava o Espírito de Deus, Is 61.1,Zc  4. 1-6 e a unção representava a transferência do Espírito para a pessoa consagrada, 1Sm 10.1. A unção era sinal visível de designação para um ofício, estabelecimento de uma relação sagrada e o resultante do caráter sacrossanto da pessoa ungida. "Sm 24.6, 2Sm 1.14 e também comunicação do Espírito ao ungido, 1Sm 16.13.

A prática de se ungir irmãos com óleo, na busca de curas para enfermidades é questionável, não estamos mais vivendo na velha aliança, estamos na nova aliança, devemos prestar um culto racional a Deus e a razão  leva-nos ao zelo e o zelo conduzi-nos ao estudo e o estudo nos leva para o conhecimento da verdade, que deve ser pregada, ensinada e praticada.

"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará". Jo 8.32 (JESUS CRISTO, a verdade verdadeira). A fim de não sermos levados por qualquer vento de doutrina, permanecendo fieis às Doutrinas Bíblicas tão bem expostas ao pregador e a nós outros, quando se aplicam corretamente os princípios da hermenêutica e da exegese, acompanhadas da unção do Espírito Santo e da piedade.

Na história, o homem sempre buscou sinais visíveis para firmar uma relação com o Deus que é invisível, demonstrando a fragilidade de sua fé.

E como um eterno aprendiz, coloco-me pronto para qualquer ensinamento, desde que estejam realmente fundamentados na Sagrada Escritura e obedeçamos  os princípios da autoridade interna, do contexto, dos textos paralelos, da autoridade do texto, da interpretação do texto, etc.

É bom lembrar que este escrito trata-se de um estudo e como todo estudo está sujeito a avaliações, criticas e reformas, desde que verdadeiras. (SOLA SCRIPTURA) Pb. Gilson dos Santos.

FONTES: Teologia Sistemática de Louis Berkhof, O Conselheiro Capaz de Jay E. Adams, O Novo Testamento Interlinear Analítico Grego-Português de Paulo Sergio e Odayr Ollivetti.