quarta-feira, 20 de abril de 2011

REFLETINDO A GLÓRIA DE DEUS

Amados, em Gn 1.26, vemos que no diálogo da trindade santa, Deus falou que faria o homem a sua imagem e semelhança.  Uma pergunta, no entanto, nos deixa curioso, qual a finalidade de Deus fazer o homem a sua imagem conforme a sua semelhança? É o que veremos nesse breve comentário.
 
A primeira pergunta do catecismo maior de Westminster é: Qual é o fim supremo e principal do homem?  A palavra fim significa o propósito para o qual algo existe. E a resposta é: O fim supremo e principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre. Podemos comprovar esse propósito lendo em:
 
  • Ap 4.11 “Tu és digno Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste...”
  • Em Rm 11.36 “Porque dele, e por meio dele , e para ele são todas as coisas. A ele, pois a glória eternamente. Amem.”
  • No Sl 73.24-28. Deus nos ensina como o glorificar, e que devemos gozá-lo para sempre.
  • Em Jo 17.21-24 vemos que o nosso supremo destino é gozar a Deus em glória
 
Amados, com a queda, o homem se afastou completamente de Deus, não podendo mais desejar as coisas de Deus, nem buscá-lo e glorificá-lo, a humanidade mergulhou-se em trevas, porem Deus com seu infinito amor, providenciou a vinda de seu filho amado Jesus Cristo, para nos tirar destas trevas e nos reconciliar com Deus, “Porque Deus amou a mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito para que todo aquele que nele crer não pereça mas tenha a vida eterna” Jo3,16.
 
Agora, em Cristo  somos nova criatura, e como nova criatura devemos retornar as nossas origens e ao propósito supremo de refletirmos a glória de Deus. Mark Dever aponta três qualidades que a igreja deve buscar para refletir a glória de Deus, e como cada um de nós somos  parte da igreja, devemos igualmente refletir essa glória.
 
  1. SANTIDADE
Devemos ser santos,  porque Deus é santo, devemos ser puros, a santidade deve ser um atributo que caracteriza o indivíduo e a igreja.” Os que são eficazmente chamados e regenerados, havendo sido criado neles um novo coração e um novo espírito, são, além disso,  santificados genuína e pessoalmente,  pela virtude da morte e ressurreição de Cristo, por sua palavra e Espírito neles habitado, o domínio de todo o corpo do pecado é destruído e suas concupiscências mais e mais enfraquecidas e mortificadas e eles mais e mais vivificados e fortalecidos em todas as graças salvíficas para a prática da genuína santidade, sem a qual ninguém verá ao Senhor (CFW XIII, seção I)
 
Os meios de santificação  são de duas ordem distintas: a interna e a externa, o meio interno de santificação é a fé. Fé é o instrumento de nossa santificação, daí de nosso livramento da condenação e da nossa comunhão com Deus, o órgão de nossa união com Cristo e associação com seu Espírito. Os meios externos são a  verdade como revelada nas Escrituras “Santificai-os na verdade; a tua palavra é a verdade”(Jo 17.17) e a oração. A oração é um meio de santificação, como o ato no qual a alma entra em comunhão com Deus (A.A. Hodge)
 
  1. UNIDADE
Devemos ser unidos, porque Deus é um só. Em 1Co 1.13 Paulo faz uma pergunta crucial para a igreja, quanto as divisões e contendas que estavam surgindo no seio da igreja,” “Cristo está dividido? Que pergunta fascinante!  Quando pensamos nessa pergunta, nenhuma igreja local tem qualquer fundamento para ser dividida.
 
A poderosa compreensão teológica por trás da pergunta é que a igreja é o corpo de Cristo. Essa idéia nos recorda a solene responsabilidade que temos de refletir a glória de Deus. Nossas divisões assumem uma grave seriedade porque, assim como no caso de qualquer impureza ou culpa, elas refletem Naquele cuja imagem devemos reproduzir. Nossa desunião, é, assim,  uma mentir a respeito de Deus e daquilo que ele é. (Mark Dever)
 
  1. AMOR
Devemos ser amáveis porque, Deus é amor, Deus é amável. A única maneira em que devemos se unidos é no amor. Em 1Co 13,  Paulo escreve: “ Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizare conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei.
 
E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que eu entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará. O amor é paciente, é benigno, o amor não arde em ciúmes, não se ufana não se ensoberbece. Não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se recente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba; mais havendo profecias, desaparecerão, havendo línguas  cessarão, havendo ciência, passará”.
 
Amados, como servos do nosso Senhor Jesus Cristo, temos que procurar incessantemente refletir a glória de Deus, na santificação, na unidade e no amor. Que Deus nos abençoe e nos ajude a exalarmos o doce perfume de Cristo. - Fraternalmente em Cristo - Pb. Gilson dos Santos.
 

Nenhum comentário: